Chaves, chaves!

Não, não!
Não estou falando do seriado que passa na televisão que até hoje quando tenho oportunidade paro para assistir mesmo sendo episódios repetidos.
Me refiro as chaves que nos prendem, nos soltam e até nos deixam do lado de fora de casa quando as esquecemos em algum lugar.
Esse pequeno objeto que se torna grande em quantidade, enchem nossas mãos, se perdem em nossa bolsa e geralmente nos impedem de passar pela porta giratória de um Banco sem que sejamos analizados de cima a baixo quando o metal é detectado.
São tantas, para tantas coisas, portas, janelas, cadeados, carros...
A única chave que não possuímos é a da liberdade.
Para nossa ilusão até acreditamos um dia que somos livres, que podemos ir e vir sem que nada nos impeça (se não esquecermos as chaves). Bela ilusão!
Somos tão livres que não podemos deixar a janela aberta para entrar aquele ventinho quando vamos dormir, ou melhor, até podemos, mas vemos o sol nascer em meio as grades que nos protegem daqueles que realmente deveriam estar atrás delas.

Depois de quase ficar do lado de fora de noite por deixar as minhas no carro 

e na manhã seguinte sair com uma das mãos completamente cheia de chaves,
fiquei a pensar sobre isso.